quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Inúteis Desejos


                                                   Inúteis Desejos




  Quero tentar ser feliz, antes de tentar ser bonita. Os resultados são bem mais agradáveis.
  Quero sorrir, não para parecer alegre, mas para demonstrar quando realmente estiver. Aliás, quero rir mais do que sorrir.
  Quando a minha cabeça parecer lotada, quero que o vento sopre para longe as minhas lembranças ruins, para que o tempo traga boas e novas lembranças, para preencher o espaço que ficou vazio.
  Quero que tanto o meu cabelo, quanto as minhas lágrimas, parem de cair mais do que deveriam.
  Cansei de gente que me empurra pra trás. Quero andar da forma que fui ensinada a fazer: Para frente, sempre.
  Quero qualidade ao invés de quantidade. Nas roupas, nos sapatos e nas amizades.
  Cansei de decepções formando fila na porta da minha casa.
Quero morar naquele universo em que eu imaginava viver, onde as pessoas realmente eram o que diziam ser.
  Quero respirar um ar leve, de forma que eu nunca precise suspirar. Aliás, quero suspirar sim, mas apenas bons suspiros.
  Quero amar apenas quem for sincero. Os não-sinceros quero apenas gostar de longe.
  Quero rir somente por algo engraçado, não por desespero.
  Quero ver um arco-íris toda vez que olhar pela janela. Então saberei que a tempestade já passou.
  Nuvens? Quero apenas aquelas em forma de bichinhos.
  Quero dar a minha confiança de presente apenas para quem souber cuidar bem dela, que a desembrulhe com cuidado, sem rasgar o papel de presente, e sem desfazer o laço.
  Quero entender apenas o que não me deixar triste no final da explicação.
  Quero me arriscar com liberdade para errar, com um medo que eu possa conter.
  Quero a mais dolorosa verdade no lugar da mais amável mentira.
  Quero ter na minha bolsa mais chocolates do que eu possa comer de uma vez. E que os números vermelhos da minha conta bancária tenham sabor de morango.
  Quero falar bobagens, mas só do tipo que a minha mãe possa ouvir.
  Não quero pessoas ao meu redor. Quero é fazer parte da roda.
  Quero saber de tudo, mas apenas do tudo que me caiba.
  Quero somente a saudade que eu possa matar.
  E quero uma boa surpresa no fim de cada dia. Pode ser um amor, um abraço ou uma trufa. Aceito todos muito feliz.



                                             
  *MaRi Rezk*

domingo, 21 de outubro de 2012

Razão e Coração

                                                Razão e Coração





  Decisões muitas vezes pesam. Principalmente quando são internas, e dependem unicamente de nós. Partilhar com alguém alguns de nossos conflitos, a angústia de escolhas que direcionam nossa vida, e, consequentemente nossa, ainda que temporária, felicidade, seria ótimo. Em alguns casos tentamos amenizar a carga pedindo conselhos a pessoas de confiança. Alguns nos sugerem para agir levando totalmente em conta a razão, pois é o meio mais eficaz de obter sucesso em nossa decisão. Outros nos dizem para simplesmente “ouvir o coração” e nos deixar levar por seus impulsos. E, na maioria das vezes, razão e coração trabalham em lados opostos. Mas, em qual lado está a escolha certa? Qual deles é capaz de contribuir para a nossa felicidade?
  Na maioria das importantes escolhas que temos que fazer na vida, as emoções teimam em se intrometer. Não que isso seja sempre ruim. Não. Sentimentos devem sempre ser levados em conta, até porque não somos robôs, somos seres humanos cheios de emoções (pelo menos a maioria de nós...rs). Mas, quando o coração começa a querer tomar todas as decisões sozinho, nasce um problema.
  Isso porque o coração se precipita. Temos que tomar cuidado, pois ele é impulsivo, muitas vezes até traiçoeiro. Nos dá um olhar turvo, algumas vezes confuso, e muitas vezes nos faz cometer alguns erros. Não que ele seja o vilão da história. Mas ele nos cega, e pode nos fazer desistir de uma decisão mais sensata apenas porque grita mais alto do que a razão.
  Não estou dizendo que ouvir o coração seja errado e sempre prejudicial. As nossas emoções movimentam a nossa vida. O amor, a raiva, o afeto, a indignação. Todos estão diariamente em nossas vidas, colorindo-a. Os sentimentos que demonstramos constroem nossos relacionamentos. Mas permitir que o nosso coração governe nossa vida é como nos deixar guiar por apenas um de nossos sentidos. Ele é apenas um dos fatores que se deve levar em conta ao tomar uma decisão importante.
  Dar ouvidos apenas à razão ainda não é a solução.  Agir pela razão quase sempre nos impede de arriscar. É claro que é ótimo sentir-se seguro. Deixar de levar em conta o coração nos dá a sensação de que não vamos nos ferir e, assim, evitamos sofrer desnecessariamente. Algumas vezes, deixamos a razão nos guiar por puro medo de certo sentimento, que parece ser muito arriscado. Mas será que viver sem arriscar-se é realmente viver? Equilíbrio é o segredo. Acredito que qualquer um dos extremos trará certa medida de sofrimento.
  E se aproveitarmos desses fatores – a razão e as emoções – o melhor que cada um tem a oferecer? Afinal, as nossas emoções temperam as nossas decisões. E ouvir a razão nos faz enxergar os fatos com mais clareza, tornando nossas escolhas mais sensatas.
  Razão e coração devem andar de mãos dadas, um em auxílio do outro. Não que seja fácil. Ambos teimam em achar que tem a resposta, cada um a seu modo. Cabe a nós discernir o peso de cada um nas nossas decisões. Arriscar-se, mas com cuidado. Fazer escolhas bem pensadas, mas sem esquecer de temperá-las. A gosto, claro.


                          *MaRi Rezk*


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Limpeza

                                                                Limpeza



  “Foi bom enquanto durou, mas acabou”.

   E quando não acaba? E quando aquela antiga história, que foi tão importante há algum tempo, simplesmente deixou de fazer parte da sua vida, sem nem mesmo ter terminado? Sim, isso acontece, e muito. Histórias que acabaram, sem acabar. E ficam lá, martelando na sua cabeça, te tirando minutos de concentração, te fazendo pensar no que aquilo poderia ter se tornado se tivesse acontecido de forma diferente. Mas, chega um momento em que sentimos a necessidade de nos livrar disso. Por mais que tenha sido parte importante da sua vida, ela não está te fazendo bem. Você entende que não precisa mais dessa lembrança, e que precisa se desfazer dela.
  O que quero dizer é que, às vezes, algo antigo está tão arraigado no seu coração, que mesmo que já tenha acabado há muito tempo, ele não desaparece. E o coração não costuma ser muito legal nesses casos. O coração se apega a coisas que decepcionam.  Em alguns casos a lembrança é algo que faz parte da sua vida, e será sempre apenas uma lembrança boa. Mas, em certos casos, a lembrança vem puxar seu pé. E você não consegue mais conviver com ela. Ela ocupa um espaço muito grande na sua cabeça, e precisa dar lugar a outras coisas, coisas novas. Está ocupando um lugar que não é dela.
  Assim, é preciso fazer uma “limpeza”. Descartar um sentimento, se forçar a apagar uma lembrança. Como jogar uma cartinha de amor antiga no lixo. E essa limpeza pode nos fazer nos sentir mais leves, e nos dar a sensação de que esse novo lugar vago irá ser preenchido por algo que realmente valha a pena.
  Desocupar um espaço na gaveta, na estante, no coração.
  Respirar um ar leve, de dever cumprido. Às vezes dói, perfeitamente normal. Mas a limpeza pode nos dar um novo senso de desapego, de que se pode viver sem o que antes considerávamos essencial.
  Às vezes o “viver sem” pode significar “viver melhor”.
  Nos libertar de um fantasma. De algo que nos puxa para o passado e nos impede de prosseguir, virar a página. Uma história antiga arrastando correntes pelos corredores.
  Não que nos desapegar de algo seja da noite pro dia. É preciso ensaiar. Ensaiar várias vezes. E dificilmente teremos certeza de que é o que queremos. O segredo é desapegar sem ter certeza mesmo. Mas demora. Semanas, meses. Anos até. Você tenta mais de uma vez, mas não consegue.
  E ninguém pode fazer isso por você. Ninguém pode apagar uma memória da sua cabeça. Ninguém pode arrancar um sentimento do seu coração. É você, sozinho, que terá de fazer. Respirar fundo, e agir. Afinal, não se pode começar nada enquanto há algo inacabado.
  E quando não dá pra resolver o assunto, talvez simplesmente porque já faz muito tempo, você precisa se desfazer dele. Essa história antiga pode estar te impedindo de andar pra frente, de fazer novas histórias.
  Não precisa ter medo de jogar coisas velhas no lixo. Já tiveram sua utilidade, e estão ocupando um espaço que poderia ser melhor ocupado por algo novo, diferente.
  E por mais que essa “limpeza” possa parecer dolorosa a princípio, com o tempo se mostrará a melhor opção, a mais saudável. Deixar o passado no passado é dar oportunidade para o presente florescer. Afinal, nada melhor do que o novo.


                             
*MaRi Rezk*



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Medrosa ou Cautelosa?

                                            Medrosa ou Cautelosa?




  Algumas vezes ouvi que era muito medrosa. Que eu tinha medo de tudo, e, principalmente, do que eu não deveria temer. E isso me fez pensar muito. Pensar no significado do medo. Medo esse que sempre achei ser cautela. Não estou falando daquele medo do qual as pessoas estão sempre falando, de barata ou de aranha. Apesar de não ser nem um pouco fã dessas criaturinhas adoráveis, não é esse o medo que mais me preocupa. Existe aquele medo mais sério, medo de tentar coisas novas, de errar, de decepcionar alguém. Medo que ás vezes te prende.
  E algumas vezes ele pode sufocar. Deixar de fazer algo por medo de ser mal interpretado. Medo de julgamentos. E, querendo ou não, isso te bloqueia. Na dúvida entre experimentar algo novo ou não, o medo pode nos travar. E se você é do tipo que se preocupa demais com o que os outros pensam, pior ainda.
  O medo pode te impedir de tentar. E de repente, você percebe que não consegue respirar direito. Não consegue se desamarrar desse monte de pensamentos que te impedem de tentar ser diferente. Ele tira sua liberdade de escolher como lidar com suas vontades. E quando você se dá conta de que está preso nesse medo, percebe que está deixando de viver. Está deixando de evoluir, de experimentar o novo, de fazer descobertas.
  Por outro lado, existe a cautela, que não é tão pesada quanto o medo. Ela é, na verdade, a heroína da história, pelo menos na maioria dos casos. A cautela nos faz deixar de fazer algumas coisas, que muitas vezes não oferecem assim tanto risco. Mas, em boa parte das ocasiões em que ela interfere nas nossas decisões, é para a nossa proteção. É claro que se formos cautelosos demais, acabamos perdendo algumas coisas também. Mas a diferença entre medo e cautela, na minha opinião, é que o medo está mais ligado ao sentimento, é algo menos concreto. É como um bloqueio que te impede de agir, ao passo que a cautela te faz pensar no assunto. Nem sempre a cautela vai te impedir de fazer algo, mas vai te fazer tomar mais cuidado.
  Talvez a coragem não nasça em todo mundo. Talvez tenhamos que desenvolvê-la. Não que seja fácil. Mas com certeza é mais saudável do que viver com medo de tudo. Ela não vem de uma vez, requer prática. Aos poucos conseguimos nos sentir mais livres, respirar um ar mais leve, ser mais tranquilos. Acredito que tudo isso venha junto com a coragem.
  Ainda não sei se tenho mais medo ou mais cautela. Talvez um pouco dos dois. Pode ser que um dia eu seja corajosa, me arrisque mais. Ou talvez eu esteja certa do jeito que estou. Ainda não tenho certeza. Talvez um dia eu deixe de ter medo de atravessar a rua, ou de dirigir, ou de ser o assunto na mesa do almoço de domingo. Talvez um dia eu consiga não ter mais medo de corredores escuros, ou de que não achem graça das minhas piadas, ou de insetos. É tudo uma questão de prática.


                   *MaRi Rezk*


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dica - Livros e Textos

                                            Livro - Persuasão - de Jane Austen



  A mais emocionante das obras da nossa amada Jane Austen, na minha opinião, Persuasão foi o último livro escrito por ela. Conta a história de Anne Elliot, que se apaixonou pelo belo, ambicioso e inteligente, porém pobre, jovem  Frederick Wentworth. Ao ficarem noivos, a família, que é muito orgulhosa, desaprova a união, e Anne, persuadida pelo pai, irmãs e por Lady Russel (que fora uma grande amiga de sua mãe, e que a considera como uma filha), acaba rompendo o noivado. A história passa a ser narrada 7 anos depois desses acontecimentos, quando os Elliot começam a ter problemas financeiros e se vêem obrigados a alugar sua casa e morar em um lugar menor. Nesse meio tempo Anne reencontra Wentworth, agora um homem rico e bem sucedido, e percebe que ainda o ama. O que mais emociona nessa história são os sentimentos de Anne cada vez que encontra se ex-noivo, a dor por tê-lo decepcionado, e o remorso por pensar em como poderia ter sido feliz se não se tivesse deixado influenciar por outros. É muito emocionante e profundo, com um maravilhoso toque de melancolia que só Jane Austen é capaz de dar. Recomendo pra quem curte um draminha com final feliz.

                          
                                *MaRi Rezk*

terça-feira, 17 de julho de 2012

Nova

                                                  Nova




  Toca o despertador. Começa aquela música que você amava, antes dela ser justamente o seu despertador. Os olhos não manifestam qualquer intenção de se abrirem. Preguiça. Só mais 5 minutinhos. Ah, os abençoados 5 minutinhos... Alguns os usam pra dormir. Eu os uso para pensar.
  Afinal, um novo dia começou. E junto com ele novas ideias, novas opiniões, uma nova visão.
  E cerca de um milhão de pensamentos nunca antes pensados invadem minha mente.
  Penso sobre as pessoas. As que conheço, as que conheço muito bem e as que pretendo conhecer.
  Sobre lugares, daqueles que me fazem sonhar de olhos abertos.
  Me lembro das vezes em que rolei de rir por algo bem bobo, e, sem querer, deixo escapar um sorriso no canto da boca.
  Penso nas vezes em que carreguei sentimentos pesados, e minha única vontade era sair correndo sem destino. E também naqueles sentimentos que simplesmente não pude evitar.
  Ou nas velhas ideias que nunca saíram do papel. Penso nas vezes em que insisti e não deu certo. E penso em outras que... será que eu deveria ter insistido?
  Penso no que já quis, e que hoje nem me passa pela cabeça. E também nas boas oportunidades perdidas. Velhos arrependimentos, mas não tão fortes quanto o alívio de algumas boas decisões.
 Os conflitos do dia anterior, e aqueles de alguns dias atrás, mas sem solução. Alguns que me roubaram algumas horas de sono, e outros que não ocuparam muitos minutos da minha atenção.
  E, claro, os bons momentos que merecem ser lembrados bem mais de uma vez.
  E depois de tantos pensamentos e lembranças misturados, percebo o quanto mudei. E muitas vezes, diga-se de passagem. Ora amando, ora detestando, ora indiferente. Pensando bem, sempre fui assim. A cada manhã uma pessoa diferente, ainda que seja uma mudança quase imperceptível.
  Nova a cada manhã. Talvez por estar sempre tentando melhorar em algo. Ou simplesmente estar diferente, sem nenhum motivo especial.
  Pode ser que eu tenha sido melhor antes. Pode ser que minha antiga visão das coisas fosse mais sensata do que a atual.
  Mas nada mais delicioso do que se sentir diferente. Nada mais empolgante do que testar a “nova eu”. Tão saboroso quanto uma nova ideia. Ou um plano diferente.
  O incrível poder transformador dos 5 minutinhos, que me fazem pensar demais na vida, e, consequentemente, mudar.
  E de repente você percebe que já se passaram mais de 10 minutinhos. Levanta num pulo, olha as horas. Atrasada.
  Um novo dia começou, cheio daquelas coisas chatas e legais que preenchem a maioria dos dias. Umas nos animam, outras nos dão vontade de dar meia volta e transformar os 5 minutos em uma eternidade. Mas, quer saber um segredo? Essa é a vida. Boa e ruim ao mesmo tempo. Um pouco feliz e um pouco chata, simultaneamente.
  E a “nova eu”, cheia de novas ideias, novas bobagens, novas opiniões e com uma nova visão está pronta pra mais um dia. Respiro fundo, olho no espelho, e invento algo estranho chamado ‘coragem’, e faço com que esse seja mais um dia importante, entre os menos importantes.


                          *MaRi Rezk*

*Texto escrito ao som de Eet, de Regina Spektor... Ouçam!! ;)


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Desencana...

                                          Desencana...




  Eu costumava me preocupar muito com tudo. De perder o sono e tudo. Me preocupava até com as menores coisas. Estava sempre tentando resolver algum problema, mesmo que mentalmente apenas. E, quer saber? É uó isso. Estar o tempo todo preocupada, sabe?! Não vou dizer que não sou mais assim. Sou, assumo. Mas bem menos. Ainda fico remoendo algumas coisinhas na minha cabeça antes de dormir e tal. A verdade é que não tem como evitar.
  Mas aí, num belo dia, resolvi que iria mudar essa situação. De ficar me matando, remoendo todo e qualquer problema que surgisse. Ok, ainda faço isso às vezes. Mas a questão é: você simplesmente não consegue resolver tudo, e pronto. Essa é a vida.
  Porque, por mais que a gente queira encontrar soluções para um milhão de problemas que surgem na nossa vida, ficar martelando e remoendo não vai adiantar. Pensar é muito bom. Aliás, acho que todo mundo devia fazer isso às vezes. Mas perder horas do seu dia, e gastar toda a sua cota de preocupação com todo e qualquer problema que apareça não vai ajudar muito.
  Vale lembrar também que não nos cabe resolver certas coisas. O negócio é se conformar, e pronto. É claro que, algumas coisas realmente tiram o nosso sono. Doenças, problemas financeiros, desentendimentos sérios, decisões a serem tomadas. Obviamente vamos nos preocupar com essas coisas, e, ocasionalmente, perder algumas noites de sono, é absolutamente normal. Mas às vezes algumas coisas acontecem na nossa vida que simplesmente não nos cabe resolver. E ficar “mastigando” essas coisas não vai ajudar. Em alguns casos, pode até nos desanimar, cansar.
  E quando a gente fica com um desaforo na cabeça? Daqueles que não se resolve, só serve pra nos deixar com raiva. Esses são os que a gente mais gosta de discutir no telefone com as amigas de madrugada. E, quer saber? Não vale a pena. Porque, se você analisar bem, não faz o menor sentido ficar se matando por cada besteira que a gente é obrigado a ouvir por aí. São preciosas horas e preciosos neurônios, ambos gastos por algo que não vai ajudar, e só vai te confundir e te irritar ainda mais.
  Então vamos lá: feche os olhos, respire fundo, conte até dez e...
DESENCANA! Você não é capaz de resolver todos os problemas que aparecem, aceite isso. E ficar com raiva de alguém por causa de um desentendimento qualquer, e gastar seu cérebro por odiá-la mais e mais, não vai te fazer nenhum bem. Muito pelo contrário, pois quanto mais você pensa nessas coisas, mais elas te atormentam, e mais difícil vai ficando tirá-las da cabeça.
  E tem coisa melhor do que se livrar de uma preocupação? Ainda mais de uma preocupação banal? De uma raiva gratuita? Não, não tem! Gastamos tanto tempo “encanados” com algumas coisas que acabamos nos esquecendo das outras milhares de coisas boas, planos, expectativas, novas ideias, novos sonhos.
  Então é isso aí. Vamos tirar o peso desnecessário das costas. Ficar mais leves. A vida não é fácil, e todos temos muito com que nos preocupar. Mas nem tudo tem solução, e nem tudo pode sair como planejamos. Vamos enfrentar turbulências, vamos nos decepcionar, e até nos magoar. Mas gastar tempo pensando e remoendo todas essas situações não alivia a situação. Sabe o que mais nos alivia? Desencanar.

                 *MaRi Rezk*

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dica - Filmes e Séries

                                                Filme - Orgulho e Preconceito



  Um dos romances mais famosos e mais amados do mundo, e com certeza uma das melhores obras da nossa tão amada Jane Austen. O filme conta a história das 5 irmãs Bennet: Elizabeth (Keira Knightley), Jane (Rosamund Pike), Lydia (Jena Malone), Mary (Talulah Riley) e Kitty (Carey Mulligan). Sua mãe vive para encontrar bons maridos para suas filhas, e assim que um novo vizinho aparece, o Sr. Bingley (Simon Woods), junto com seu charmoso (e muito lindo, diga-se de passagem..) amigo, o  Sr. Darcy (Matthew MacFadyen), as vidas de Jane e Elizabeth mudam para sempre. A princípio Lizzie adquire um ódio incontestável pelo Sr Darcy (*suspiros*) considerando-o um homem orgulhoso e desagradável, ao passo que Jane se vê cada vez mais cativada e apaixonada pelo Sr Bingley, o qual também se encanta pela moça. Mas a história se transforma, e o que era antes ódio, torna-se a mais bela admiração. Sou bem suspeita pra falar, até porque sou fascinada pelas obras da Jane Austen, mas me maravilhei com esse romance. Apesar do filme ser bem resumido, pois o livro é enorme, a história emociona (prepare seus lencinhos), apaixona e faz pensar muito no modo como acabamos por julgar algumas pessoas, mesmo sem conhecê-las profundamente. Tanto Elizabeth quanto Darcy são apaixonantes, e nos cativam logo no início, com seus emocionantes diálogos e suas deliciosas discussões. Não sei nem mais o que falar, mas se você é obcecada por romances ingleses de época assim como eu, esse se tornará o seu preferido. Super dica para assistir debaixo das cobertas, e sugiro trocar a pipoca por chocolate. Experiência própria.


                                        *MaRi Rezk*



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Num Abraço...

                                                        Num Abraço



  Não há nada melhor no mundo. Quando se tem medo, ou quando se está terrivelmente feliz, dentro de um abraço é o melhor lugar pra se estar. Para se esconder, para chorar, ou mesmo para esquecer. Envolto pelos braços de alguém importante, qualquer medo diminui, qualquer aflição se torna menos pesada, menos dura.
  E nesse abraço, por mais apertado que seja, é onde melhor conseguimos respirar. Nos faz sentir como se tudo fosse melhorar. E às vezes essa manifestação de compaixão é o que nos mantém de pé, por mais frágeis que as nossas pernas pareçam estar.
  Chorar dentro de um abraço alivia. Nos renova. Ao mesmo tempo em que nos faz sentir melhor, nos faz querer chorar mais, querer chorar tudo o que está apertando o coração.
  É a mais completa prova de afeto que se pode esperar. Onde as emoções se misturam, e, às vezes, se fundem, tornando tudo num só problema pronto para ser resolvido. E mesmo que não exatamente resolvido, seja pelo menos desabafado.
  E quando você não sabe mais como ajudar, o que há melhor do que um abraço? Quando se está com medo, triste, ou mesmo feliz e eufórico, o que mais se pode querer?
  Quando se encontra um amigo, ou se descobre um. Quando se mata saudades, ou na despedida. Pra demonstrar aquilo que nem sempre dá pra falar. Quando se precisa dizer “oi”, ou “tchau”, ou “preciso de você”. Quando não há nada para se dizer.
  Abraço materno, onde você cabe direitinho. Abraço de amiga, que sabe exatamente o que você está sentindo só de te olhar, e te aperta conforme a necessidade. Abraço de vó e de tia, sempre acompanhado de um adjetivo que você prefere manter em segredo (rs). Abraço de uma pessoa que você goste muito, e que você abraça sem motivo, só porque gosta. Abraço de criança, geralmente não muito recíproco. Abraço de parabéns, e às vezes de pêsames. O que quer que seja, ele pode sempre dizer melhor do que palavras.
É seguro e quente, e é capaz de nos transportar para um lugar sereno, calmo e feliz, mesmo sem sair do lugar. E mesmo quando não queremos, ele se faz necessário.
  Abraço de urso. Abraço de reencontro. Quem não se lembra de um abraço especial, que ficou guardado na nossa memória? Aliás, como esquecer um abraço? AQUELE abraço. Lembrou de algum?
  Me fascina também a certeza de poder ganhar um. Ir à um lugar, ou encontrar uma pessoa, e ter certeza de que ele vai acontecer, e já ficar feliz antes mesmo de estar dentro dele. Abraço é um momento em que o seu coração encontra o do próximo, e ambos batem em harmonia, conversam.
  Mas ele também nos deixa vulneráveis. Ao se entregar a um abraço, seu coração se abre, e aquece. Ao mesmo tempo que ele protege, também revela. Te faz querer dizer coisas. Te faz sentir coisas.
  E quando ele te deixa um perfume de recordação? E quando ele te faz querer ficar dentro dele pra sempre? Num abraço tudo se diz, tudo se entende.
  Dica para ter uma boa saúde? Um abraço por dia, no mínimo.


*Baseado na crônica "Dentro de um abraço", do livro "Feliz Por Nada", de Martha Medeiros


** Dedicado a minha querida pipow Ramoni Souza, que sempre tem um abraço disponível. =)))


                                        *MaRi Rezk*



terça-feira, 26 de junho de 2012

Dica - Livros e Textos

                                             Livro - Um Dia - de David Nicholls



  Um romance delicioso, que me foi emprestado pela minha querida bobona Suelen Mendes, e que entrou para a minha listinha de livros preferidos. A história começa no dia 15 de julho de 1988, dia em que se inicia uma grande amizade entre Dexter e Emma, dois universitários que, exatamente neste dia, terminam a faculdade e dão início a sua vida real, agora como adultos. Ambos pretendem, logo após esse dia, seguir caminhos bem diferentes, mas, depois de se conhecerem, não conseguem esquecer um do outro. Porém, eles acabam levando vidas muito diferentes do que imaginavam. E a história e narrada sempre nessa mesma data, durante os 20 anos seguintes, mostrando os encontros, desencontros, fiascos e realizações de Em, sempre muito esforçada e com os pés no chão, e Dex, um filhinho de papai que acha que o mundo gira ao seu redor.
   E não dá pra parar de ler! Com deliciosas pitadas de humor, mesclado com o lindo romance e o drama desses dois amigos que acabam por descobrir algo a mais nessa amizade. A adaptação para o cinema com Anne Hathaway no papel de Emma, e Jim Sturgess no papel de Dexter deixou, na minha opinião, muito a desejar. O livro é infinitamente mais interessante. O que mais me impressionou foram as reviravoltas na vida desses dois personagens, e como nos faz pensar em nossos sonhos e expectativas pro futuro. É uma história apaixonante, que me fez rir muito, chorar várias vezes, e me deixou de boca aberta em alguns momentos (principalmente no final terrivelmente surpreendente). Super recomendo pra quem gosta de fortes emoções. 


"Em e Dex. Dex e Em."


                                *MaRi Rezk*



domingo, 24 de junho de 2012

Dica - Filmes e Séries

                                                      Filme - Ironias do Amor



  Esse é o tipo de filme que você assiste pelo menos umas 5 vezes. Pelo menos foi assim com todas as pessoas para quem eu o indiquei. Conta a história de Charlie Bellow (Jesse Bradford), um rapaz do interior que está começando uma faculdade, e está focado em sua carreira profissional até conhecer Jordan Roark (Elisha Cuthbert), uma garota completamente louca e inconsequente, por quem se apaixona à primeira vista. São completos opostos. E Jordan arrasta Charlie em várias aventuras loucas e desastrosas, e ele, como um bom apaixonado, acaba aceitando todas as vontades dela. Em meio a inúmeros desastres, eles acabam percebendo que esse romance não é a melhor opção nesse momento de suas vidas. Acabam descobrindo que o que eles realmente precisavam era apenas dar o famoso tempo ao tempo. O que mais me encanta nesse filme (que eu já assisti umas 15 vezes, aliás....rs ) é o cavalheirismo e a paciência que ele tem com ela. É um filme principalmente muito engraçado, com um romance muito fofo, e que é também capaz de emocionar. É uma boa opção para assistir com aquela sua amiga que é tão chorona quanto você. 


               "Se o sapato dela machucar, troque com ela..."
      
                      *MaRi Rezk*

domingo, 17 de junho de 2012

Pés No Chão e a Cabeça Nas Nuvens

                Pés No Chão e a Cabeça Nas Nuvens





  Sou fascinada por histórias de princesas. Mesmo já tendo passado da adolescência, as histórias que mais me chamam a atenção são sobre princesas, castelos e, claro, príncipes. Não sei explicar bem o porque. Deve ser porque nos faz esquecer um pouco a vida real, que não é nada fácil. É uma pequena fuga, nos imaginar dentro daquela história, com a certeza de um final feliz. Mas, ao mesmo tempo que a nossa imaginação, um pouco louca às vezes, nos ajuda a esquecer alguns problemas por algum tempo, eles vão continuar lá. Fugir não resolve nada. Uma hora vamos ter que enterrar o nosso castelo, e acordar do sonho.
  Uma dose de realidade às vezes se faz necessária. Porque a ficção costuma nos prender. Em alguns casos a nossa realidade é tão assustadora, e nos faz tanto mal, que mergulhamos nos sonhos, fantasias, e perdemos nossa cabeça nas nuvens. Por um instante isso nos faz nos sentir melhor, protegidos, de certa forma. Mergulhados num livro, num filme, numa história, numa ideia. Mas a nossa realidade continua lá, e logo vai nos cobrar um pouco de atenção. E não podemos fugir pra sempre. E o choque de realidade às vezes pode vir de forma violenta, nos pegando de surpresa, ou até nos ferindo. Mas é preciso.
  Porque, por mais feliz que possa parecer estar longe das dificuldades da nossa vida, essa felicidade não é real. É uma distração. A nossa realidade, apesar de dura, é o que somos, o que vivemos, e precisamos cuidar pra que ela possa, melhor do que qualquer fantasia ou distração, nos deixar felizes, mesmo que parcialmente.
   É tudo uma questão de adaptação. Todos temos a capacidade de nos transformar, e também de transformar o que está ao nosso redor. E podemos, muitas vezes não tão facilmente, nos tornar melhores, de fazer com que, mesmo que algumas coisas apenas, nos façam felizes. Pra isso basta termos a capacidade de sonhar. Mas um sonho possível, alcançável. Uma ambição sadia. E muitas vezes é esse sonho que nos sustenta, renova as esperanças. Não sonhar é quase um crime. Precisamos de um plano maior, uma expectativa de que algo que queremos muito vá acontecer. Isso nos motiva a continuar, por mais difícil que pareça, e a persistir. Mas às vezes nos animamos tanto para aquilo que pode nos realizar, que deixamos nossos pés saírem do chão.
  Temos que manter um equilíbrio. Sonhar alto, mas manter em mente o compromisso que temos com a nossa realidade. Nos lembrar dos problemas, mesmo que só de vez em quando, e tentar não adiar a solução para cada um deles. Em contraste, nunca permitindo que os nossos sonhos escorram entre nossos dedos. Sonho e realidade tem que estar em harmonia. E estar dispostos a mudar quando preciso, e a transformar, contribui para que tudo tenha mais chance de dar certo.
  Ter a cabeça nas nuvens, convenhamos, é muito bom. Principalmente se não deixarmos os nossos pés saírem do chão.
.

                                  *MaRi Rezk*

*Texto baseado na música Brick By Boring Brick, da banda Paramore*

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dica - Livros e Textos

                                         Livro - O Diário da Princesa - de Meg Cabot



Na verdade, a dica é você mergulhar na série inteira. Sim, pois são dez livros! O número pode até assustar, mas depois de ler o 1°, você simplesmente não consegue mais parar. A série conta a história de Mia Thermópolis, uma adolescente nova-iorquina comum, que um dia descobre ser a princesa de Genóvia. É extremamente divertido, engraçado e emocionante (pelo menos pra mim foi...rs). É delicioso de se ler, já que é escrito em forma de diário, bem característico das obras de Meg Cabot. Mia retrata em seu diário as implicâncias de sua Grandmère, as odiadas "Aulas de Princesa", além da turbulenta rotina da escola e seus romances nem sempre bem-sucedidos. Sem contar a sua melhor amiga louca Lilly, sua frustração com padrões estéticos e não ser exatamente boa em matemática. Foi, sem dúvidas, um dos livros que mais me divertiu e inspirou. No início de cada livro da série tem um trecho do livro "A Princesinha", de Frances Hodgson Burnett, o que dá um toque muito delicado a cada volume. Recomendo à todas as idades.

                             *MaRi Rezk*

Dica - Filmes e Séries

                                                    Filme - Amor e Inocência



  Sem dúvidas, é o meu filme preferido. É baseado na biografia da escritora Jane Austen (minha escritora favorita), e retrata o possível romance de Jane (Anne Hathaway) com Tom Lefroy (James McAvoy) numa sociedade que dá mais valor a riqueza do que aos sentimentos. O que mais me encantou nesse filme é que, apesar de se parecer muito com as obras da própria autora, ele é mais melancólico, mais dramático. Ao mesmo tempo, é muito divertido, e, pra quem gosta de filmes de época, é uma ótima escolha. Pra quem conhece a história de Jane Austen, já sabe que o romance não termina exatamente como queríamos, apesar das obras da autora terem sempre um final feliz. Quem leu algum dos livros de Jane consegue perceber que muitas situações são baseadas na sua própria vida. Particulamente, encontrei muita semelhança com "Orgulho e Preconceito", tanto pelos protagonistas como por alguns outros personagens e situações. É um filme emocionante, sensível, uma ótima opção pra quem gosta de chorar. É a minha dica para a sua próxima TPM.


                             *MaRi Rezk*


A Vida Muda a Gente, e a Gente Muda a Vida

                A Vida Muda a Gente, e a Gente Muda a Vida





  A vida. Engraçado como ela nos muda. Nos transforma simultaneamente com sua própria transformação. Às vezes nos acomodamos à nossa situação atual. Dificilmente nos preparamos para eventuais mudanças, vivemos como se elas nunca fossem acontecer. Mas acontecem, e o susto pode ser grande.
   Nossa vida nos ensina. Ela nos dá desafios para nos ensinar a superá-los, nem sempre vencendo, às vezes só nos ensinando a conviver com as adversidades. Mas algumas das surpresas que a vida nos reserva podem nos trazer grandes alegrias, com as quais também não contávamos. E, basicamente, não temos escolha. A vida não espera por ninguém. Ela muda, nos muda. A todo momento coisas novas vão transformando nossos dias, e temos que nos adaptar.
   Pessoas entram e saem da nossa vida, e deixam marcas. Cometemos milhares de erros, alguns intencionalmente, outros nem tanto, e aprendemos com eles. Alguns precisam ser repetidos algumas vezes para nos deixar sua lição. E o tempo passa, nós crescemos, amadurecemos, e a vida nunca deixa de nos ensinar.
   Mas não podemos simplesmente esperar as coisas acontecerem, temos que fazer a nossa parte também. Nos movimentar, criar, mostrar o melhor que podemos ser. Temos que viver! Deixar nossa marquinha, mesmo que pequenininha. E é isso que a vida espera de nós, que nos movimentemos, transformemos. Faça o que sabe fazer, e faça o melhor que puder. Não se acomode. Mexa-se.
   Muitas vezes nos deixamos dominar pela insatisfação e desânimo, como se não pudéssemos fazer nada para melhorar nossas condições. Não é verdade. Temos que nos lembrar que temos sim, na maioria das vezes, o poder de modificar nossa vida. Um dia teremos de tomar decisões importantes. E são elas que direcionam nossos caminhos. Podemos decidir qual a melhor opção, as melhores direções a se seguir. Isso pode fazer uma grande diferença.
   O medo de errar pode nos prender. Mas não para sempre. O tempo é um grande aliado. Ele nos torna sábios, aprimora nossos valores, refina nossos sentimentos. O tempo cura feridas. Mas não para sempre. Errar é comum, é universal, faz parte de ser um ser humano. E não é porque sofremos com um erro que não podemos cometê-lo de novo. Pode acontecer, e acontece. Nossa vida é uma constante superação.
   O importante é não ficarmos “estacionados”. Temos que nos movimentar, mudar. Nos adaptar, aceitar o que a vida nos tráz, mas sem perder o direito de decidir, manter o equilíbrio. Deixar de lamentar simplesmente e agir. Aceitar e deixar que a vida nos mude, mudando ela de vez em quando.



                          *MaRi Rezk*

*Tema sugerido por Luana Mendes *

Ser Forte

                                        Ser Forte






  Ninguém disse que seria fácil. Desde que nascemos nossa vida é repleta de desafios. Sejam mais fáceis ou mais difíceis, todos nós passamos por obstáculos na vida. Às vezes passamos por turbulências com certa tranquilidade, como se não nos afetasse muito. Mas algumas vezes o problema nos pega de jeito, nos derruba. Mas não devemos exigir que os outros suportem tanto quanto nós. Cada um aguenta o tanto que consegue aguentar. E existem pessoas que mesmo que não pareça, são absurdamente fortes. Os problemas não acontecem com a mesma intensidade com todos. É claro que sempre parece mais difícil quando é com a gente.
   Muitas vezes é como se o chão sumisse, e temos a contínua sensação de que o teto vai desabar sobre nós a qualquer momento. A vida às vezes é cruel. E suportar os problemas é quase sempre tão desafiador que parece impossível.
   Aperto no peito. Falta de ar. Dor latejante. Sim, é normal passar por isso. Não se considere excepcionalmente desafortunado por isso. Todo mundo já passou por algo terrível, seja uma palavra dura, uma violência, uma desventura, um coração partido, ou simplesmente aquela velha história de que ‘nada dá certo pra mim’.
   E nem sempre as pessoas entendem. Se você sofre com algo que outros consideram não tão duro, você logo é tachado como fraco. Mas cada um recebe a pancada de um jeito. O impacto vem de formas diferentes pra cada pessoa. Não se pode julgar a sensibilidade de outra pessoa, afinal faz parte da personalidade de cada um a forma como sente.
   Mas não é porque algo é terrível demais que vamos nos entregar e deixar que isso nos destrua. Se algo é duro o bastante para te jogar no chão, tente se levantar. Se parecer difícil demais, busque um apoio. Existe no mínimo uma pessoa querendo te ver de pé de novo, e sem dúvidas ela vai te ajudar a levantar. O importante é não deixar que algo ruim faça com que as coisas boas desapareçam. Não é fácil, eu sei. Mas quantas coisas boas você pode estar perdendo enquanto está preso num problema? Liberte-se.
   E quando um problema vem logo em seguida de outro, é como se cada vez que você se levanta, tropeça e cai de novo. Uma ajuda é se agarrar ao que te faz bem, algo que te faça esquecer o que há de ruim. Cantar, dançar, assobiar, escrever. Mantenha-se focado na solução, não no problema. Pense sempre no lado bom da sua vida, no que te torna feliz. E encare de frente o que te atormenta. Fugir não ajuda, só aumenta o sofrimento.
   A vida não é fácil, nunca foi. E dificuldades acontecem o tempo todo, com todo mundo, por inúmeros motivos. Vez por outras vamos nos perder, nos decepcionar e sofrer. Nosso coração vai ser dilacerado mais de uma vez. Mas nada disso pode nos tornar fracos. Temos que fazer com que as dificuldades nos fortaleçam, nos ensinem. Se não conseguir sozinho, peça ajuda. Mas não se entregue. Respire fundo,erga a cabeça e continue. E nunca, nunca deixe que uma gota de tristeza estrague o rio de felicidades que você ainda pode ter.



                      *MaRi Rezk*


Do Que Você Gosta?

                             Do Que Você Gosta?





  Gosto de pessoas que me fazem rir, mas só se eu puder fazê-las rir também. Gosto de olhar pra cima para ver os desenhos que a brisa faz com as nuvens. Gosto de sentir o sol aquecendo a minha pele, e de vê-lo colorir tudo ao meu redor.
   Gosto de cachorros, mas só dos que me deixam abraçá-los.
   Gosto de trilhas sonoras, e de como despertam minhas emoções. Gosto de filmes de amor, mas principalmente dos que terminam em casamento.
   Gosto de anéis, mas só dos que tem algum significado. Gosto de crianças, porque são os seres humanos que todo adulto deveria imitar. São cheios de inocência e verdade, e vivem num mundo onde o que é mais simples é tudo do que precisam.
   Gosto de chuvas passageiras, e do frescor que proporcionam. Gosto de viagens longas, e de admirar as diferentes paisagens pelas quais passamos.
   Gosto de me sentar para assistir o pôr-do-sol, principalmente se ele estiver cor-de-rosa.
   Gosto quando o meu sonho é interrompido pela manhã, pois assim posso terminá-lo do meu jeito.
   Gosto do cheiro de caderno novo, e de livro velho. Ambos são inspiradores.
   Gosto de receber cartas, mas gosto ainda mais de enviá-las, cuidando para que, antes de entregues, sejam revisadas, personalizadas e devidamente decoradas.
  Gosto de assistir desenhos animados de manhã, mesmo um desenho de que não goste muito, pois me faz sentir como se tivesse voltado no tempo, pra melhor época da minha vida.
   Gosto de fotos espontâneas, mas só se for pra lembrar de um momento realmente especial. Gosto de admirar flores, de sentir a suavidade de suas pétalas nas pontas dos dedos.
   Gosto de inventar enquanto caminho. Histórias, diálogos, personagens. Tudo como se fosse realmente acontecer na vida real.
   Gosto de gatinhos, mas principalmente dos que se divertem com as coisinhas mais bobas do mundo. Gosto de ouvir apenas o som da minha respiração enquanto escrevo.
   Gosto quando seguram a minha mão para atravessar a rua. Diminui a sensação de que a qualquer momento um carro vai me matar.
   Gosto de doces, mas só se for em uma quantidade suficiente pra fazer com que eu me arrependa depois. Gosto de ser legal e sincera com as pessoas, ao mesmo tempo.
   Gosto de filmes que me fazem chorar, em especial os que falam de amor.
   Gosto quando consigo ensinar valiosas lições de vida pras crianças, do tipo: “Você nunca vai ter amigos se continuar a ser tão egoísta com as suas balas”.
   Gosto, mais do que de qualquer coisa, de estar entre amigos, principalmente dos que me fazem sentir que nada poderá me fazer mal enquanto estivermos juntos.
   Gosto de pensar negativo, pois se tudo der certo, a alegria é multiplicada.
   Gosto de aprender palavras novas, mas só se ninguém souber o significado. Gosto de rir até as bochechas doerem, mas só quando não sou a única a fazer isso.
   E, principalmente, gosto de todas as pessoas, em especial das que tem coração.




                                *MaRi Rezk*

Confusão Mental : Sentimentos

                                                                  Sentimentos






  Não pense que sei sobre o que estou falando. Não faço a mínima ideia. Só resolvi colocar as ideias no papel, organizá-las, pra ver se é possível extrair alguma conclusão disso tudo.    Cada pessoa é diferente da outra. Cada um é bom em alguma coisa. Por exemplo, sou péssima para falar. Consigo me expressar muito melhor escrevendo do que falando. É uma característica minha, com a qual nasci. Pode me incomodar às vezes, mas é algo que faz parte de mim, que não posso mudar, pelo menos não tão facilmente. Cada pessoa tem a sua característica, algo que a difere das demais pessoas. É normal.
  
Com os sentimentos não é diferente. Cada um sente e expressa o que sente de formas diferentes. E não se pode julgar a forma de alguém sentir ou expressar algo.
  
Muitas vezes nos pegamos no desejo de conhecer os sentimentos de quem está ao nosso redor. É natural também. E nos enganamos tanto! Afinal, quem pode conhecer realmente o coração de alguém?
 
Criamos expectativas nos baseando no que vemos. Muitas vezes acreditamos que algumas pessoas são frias o suficiente para não sentir nada. Será?
   Da mesma forma que cada um sente à sua própria maneira, cada um reage a sua própria maneira. Não devemos esperar que as pessoas extravazem seus sentimentos da mesma forma que nós fazemos. Nem todos choram quando algo ruim acontece, nem todos gritam quando estão brigando, nem todos passam horas chorando porque levou um fora.
E alguns acontecimentos nos surpreendem de tal forma, que confundem tudo no qual acreditamos.
  Quando tive a ideia de escrever sobre sentimentos, mil pensamentos vieram a minha mente, não só sobre amor romantico, mas sobre sentimentos de amizade, admiração, raiva, carinho. E me lembrei de milhares de situações onde não se pode ter certeza do que a outra pessoa realmente sente.
  
Pensei naqueles casos em que uma pessoa consegue ser dissimulada a ponto de fazer promessas, e depois agir com a maior frieza, como se fosse uma simples brincadeira. Ou nos casos em que uma pessoa, ora demonstra sincera afeição, ora parece nem ligar. Quando alguém demonstra sentimentos impulsivos, e ao mesmo tempo tão passageiros.
  
Pensei também naqueles casos em que a pessoa insiste em algo até finalmente conseguir, e depois despreza como se não significasse nada. Lembrei-me também daqueles oscilantes frissons que algumas pessoas não conseguem evitar. Ou de quando uma pessoa se humilha, tamanho o sentimento que nutre. Quando simplesmente não conseguimos acreditar no que o outro diz. Depressão, desentendimento, frustração, decepção. Tantos sentimentos que não entendemos.
  
Por um momento parei pra pensar nos julgamentos que fizera na vida. Fulano é frio demais, Fulana é chorona demais, Beltrano é sério demais. E então me senti mal, pois percebi que não nos cabe julgar nada disso. Afinal, todos tem um coração, todos são capazes de sentir.
  
Mas ao mesmo tempo… No que se pode confiar? Será que existem mesmo emoções sensíveis em todas as pessoas? Ou será que as pessoas estão agindo de forma mentirosa, sem levar em conta os sentimentos que trazemos em nós?
  
Até que ponto se pode confiar num “Eu te amo”? Até quando as pessoas irão mentir sobre o que sentem? Até que ponto se faz alguém chorar…
No que devemos nos basear? Não existe base. Temos de arriscar afinal. Nem todo mundo sente e , consequentemente, demostra da mesma forma que nós.
  
Vale a pena arriscar a felicidade quando não se tem certeza? O que as pessoas realmente sentem? A forma como sentem é o que mais me intriga. E como as suas atitudes diferem de seus sentimentos.
E o quanto estão próximos o ódio do amor. Quando um leva ao outro.
Mais difícil do que entender as razões humanas é tentar entender as emoções.
  
Tantas perguntas. Às vezes nos enganamos tanto! Principalmente se nos deixarmos levar pelas conclusões que resolvemos tirar. É tão difícil tomar as decisões certas nesse sentido. Mas dá bastante no que pensar, mesmo que, no final não tiremos conclusão alguma.
Só Deus conhece o nosso coração, afinal.


                 *MaRi Rezk*

Devaneios : Decepções

                                       Decepções




   Muitas vezes, quando acontece algo de novo na nossa vida, não conseguimos lidar. Seja bom ou ruim, ficamos assustados. A simples ideia de ter algo novo, sair da nossa rotina, ja nos assusta. E isso se aplica em muitos aspectos da nossa vida, seja nos relacionamentos amorosos, na família, no trabalho, nas amizades, ou simplesmente ao lidarmos com nós mesmos. Todas essas coisas nos trazem muita felicidade quando saem da forma que esperamos. Quando as milhares de expectativas que criamos se realizam, quase não cabemos em nós mesmos de tanta felicidade. Mas, infelizmente, isso acontece muito pouco. Na maioria das vezes as nossas expectativas são quebradas, e nos decepcionamos.
Seja qual for a decepção pela qual passemos, nos derruba, mesmo que por pouco tempo. Mas existem aquelas que conseguem nos chatear de tal forma, que a nossa única vontade passa a ser enfiar a cabeça num buraco e só tirar quando os problemas forem embora. É claro que todos nós passamos por inúmeros problemas, e muitas vezes nos saímos muito bem em superá-los. Mas é certo também que cada um de nós tem o seu ponto fraco. E quando esse ponto fraco é atingido, ficamos abalados por um bom tempo.
  Problemas com os pais, irmãos, filhos, ou qualquer outro parente acontecem com frequencia. E quando o problema é grande, é como se todas as nossas forças acabassem. Como se a nossa felicidade escorresse entre os nossos dedos. Família é a nossa a base, que sustenta todo o resto. Sem ela, não somos nada. Por isso é muito importante que façamos todo o possível para resolver qualquer problema que tenhamos com qualquer membro da nossa família. E também, é muito importante ajudá-los a passar por qualquer dificuldade. Afinal, você estará ligado a eles para sempre.
  Ainda que estejamos acostumados a esse tipo de problema, são os mais marcantes. São capazes de nos traumatizar e nos ferir tão profundamente que parece ser impossível de se curar. É difícil, claro, mas não impossível. Basta lembrar-se de que, de nada adianta brigar ou cortar relações com pessoas da família, afinal, esse tipo de desentendimento é comum. Basta um pouco de reflexão e tempo para que as coisas se resolvam. Nada que uma boa noite de sono não possa amenizar.
  Porém, quando o problema chega ao coração, parece ter quebrado nossas pernas. É como se fosse o ponto fraco de todo mundo. E não há pessoa no mundo que, ainda que em secreto, não tenha sofrido desse mal. Causam feridas dolorosas, marcam nossa vida de modo a afetar até mesmo nossa personalidade. Esse tipo de decepção é capaz de nos fazer adoecer, de nos fazer chorar por semanas, e de nos magoar tão profundamente que nos faz sentir incapazes de reagir. Não que não exista o lado bom das decepções amorosas. São inspiradoras! As melhores músicas, os melhores livros, os filmes mais marcantes. Toda a arte que mais nos agrada é a que trata desse tipo de decepção. Isso porque é algo que quase todos conhecemos bem, e entendemos.
  Mas, por pior que seja, não dura pra sempre. Sempre haverão novas decepções amorosas pra nos fazer esquecer as velhas. E não ache que não vai acontecer de novo, porque vai. Muitas vezes, aliás. Mas, não existe dor incurável nesse mundo. Não ache que você não vai superar, porque vai também! Basta não se entregar, estar disposto a esquecer e seguir em frente, e não ter medo de se arriscar mais uma vez.
  Mas, e quando nós mesmos somos os responsáveis pela própria decepção? Sim, isso acontece. Problemas de auto-estima podem nos desanimar, nos fazer pensar que não somos capazes de realizar algo, nos fazer ficar descontentes com o que somos. Nossa auto-confiança some. Como lutar contra isso? Simplesmente, dedique-se em fazer o seu melhor, e não pare pra pensar nas suas impossibilidades. Faça o que puder, da melhor forma que puder. Não desconsidere os bons conselhos, e não leve em conta todas as críticas.
  Ainda podem nos decepcionar uma palavra dura, um gesto inconsequente, uma expectativa quebrada. Porém, toda decepção desse mundo, acredito eu, pode ser superada. Dedique um tempo a você. Gaste energia com o que mais te faz feliz. Se é o trabalho que te faz feliz, dê o seu melhor nele. Se são coisas espirituais, empenhe-se nelas com todas as forças. Se são amigos, ou família que te completam, complete a eles também. Ou mesmo, se o que te faz feliz, como no meu caso, são trufas de chocolate recheadas com cereja, balinhas gelatinosas com alto teor de açúcar, ou qualquer outro comestível insuportavelmente doce, não perca tempo pensando em como isso vai prejudicar sua forma física. Sério, não vale a pena! O importante é não nos entregarmos a essas decepções, como se não houvesse saída. Não ponha em risco tudo de novo que possa vir a acontecer por medo de dar errado novamente. Decepções existirão sempre, e virão quando menos esperarmos. E, na maioria das vezes, é inevitável. O que nos resta é tentar fazer com que tudo dê certo. E se não der, paciência. Você supera. Principalmente se você deixar um chocolate de reserva.



                                  *MaRi Rezk*

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Devaneios : Escolhas

                                           Escolhas





   Às vezes é tão difícil. Para tudo o que fazemos existem opções. Mesmo para coisas simples como o que escolher numa doceria. Na verdade, passo por isso quase todos os dias. É muito difícil escolher entre tantos doces. Depende bastante do momento pelo qual você está passando e tudo o mais. Mas isso não vem ao caso. É que, muitas vezes precisamos escolher sobre coisas importantes, e muitas coisas dependem das nossas escolhas. E isso pode acabar com a gente. Como se fôssemos dominados por uma tensão que parece querer nos matar. E quase consegue. Mas todos temos que passar por isso. Afinal, nossa vida é feita dessas escolhas cheias de tensão assassina. Escolhas que, pouco a pouco, direcionam nossas vidas.
   Escolher uma carreira, um modo de vida. Escolher amigos, lugares. Escolher o que fazer, e o que não fazer. São tantas coisas, tantas opções, que ás vezes nos sentimos afogados em incertezas. E elas nos perseguem, nos tiram o sono, nos fazem chorar. Mas nada disso adianta. Pois as escolhas são imprescindíveis. Sem elas não conseguiremos seguir em frente.
  E parece ser impossível raciocinar sob pressão. E é impressionante como todas as escolhas nos torturam. Chega a ser doloroso sentir o peso de uma decisão, ter que escolher entre o que você quer, e o que é melhor para você. Mas a vida exige isso de nós.
  O que fazer quando parece que não vamos mais aguentar? Decida-se assim que puder. Pensar muito atrapalha as boas escolhas de acontecerem. Mas não siga a primeira ideia que vier à sua mente. Qualquer que seja a escolha a ser feita, pense com cautela. Errar é mais fácil do que se pensa.
  E são as escolhas que nos ensinam a ter responsabilidade. Isso porque não somos só nós que dependemos das nossas escolhas. Muitas vezes temos que pensar em como a nossa decisão afetará a vida de outras pessoas. E é claro que isso só piora a tensão e a pressão que sentimos quando há uma decisão a se tomar. Mas isso nos ajudará, pouco a pouco, a lidar com as responsabilidades que ganhamos ao longo da vida.
  Também, junto com as responsabilidades de uma escolha, vem o amadurecimento. Se temos que escolher entre alguma coisa ou outra, mesmo não nos sentindo preparados, significa que chegou a hora de crescer e encarar a ‘vida de gente grande’.
  Escolher o que comprar para um amigo. Escolher onde passar as próximas férias. Escolher em quem confiar, em quem acreditar. Escolher entre dizer sim ou não. Escolher qual caminho seguir. Escolher entre doce ou salgado, frio ou quente, moreno ou loiro (existem muitos aspectos da vida em que precisamos nos decidir, só pra constar…rs). Deixar-se levar pelo medo, ou encará-lo de frente. Desistir de algo, ou tentar mais uma vez. Escolher, ou ser escolhido. Seguir ou não um conselho.
  Tudo pelo que passamos, tudo o que vivemos, ou viveremos, todas as coisas acontecem ou acontecerão devido as escolhas que fazemos. Nem sempre vamos acertar. Muitas vezes nos arrependeremos. Mas são essas decisões erradas que nos ensinam. Nos ajudam a acertar da próxima vez. E não é errado arrepender-se de certas escolhas. Mas podemos também aceitar o que elas nos trouxeram de bom, mesmo que seja uma lição sobre o que não devemos fazer.
  Decepções, decisões erradas, tombos, vão sempre acontecer nas nossas vidas. Mas isso não vai nos isentar do dever de tomar uma decisão. E por mais confuso que isso possa ser, mais difícil, temos que fazer. Não podemos parar no tempo. Por mais que o erro seja grande, a vida deve continuar, para que novas decisões sejam tomadas. Duvidas existirão sempre. Medo de se decidir é normal. Só não podemos fugir. Por mais que você corra, por mais que você fuja, uma hora terá que escolher.
  Não dá pra chegar a uma conclusão. Afinal, todos nós, sem excessões, teremos que tomar decisões sobre milhares de coisas, o tempo todo. Eu, por exemplo, terei que escolher entre publicar esse monte de loucuras e suportar as críticas depois, ou simplesmente guardar pra mim. O importante é não fugir da nossa obrigação.
  E lembre-se: quando estiver completamente indeciso sobre o que escolher, prefira sempre o que tiver chocolate.



                                       *MaRi Rezk*