quarta-feira, 13 de junho de 2012

Como Ser Princesa

                                                   Como Ser Princesa





  Não tem a ver com castelos, cavalos brancos ou sangue azul. Com príncipes talvez. Tudo bem, com príncipes com certeza. Mas isso não é o principal. Não. Ser princesa é mais do que tudo isso. Parece ser um termo infantil, imaturo ou até fantasioso. Mas não é nada disso.
  Uma princesa sabe se portar, independentemente de sua classe social. É sempre educada e prestativa, mas na medida certa. É elegante e graciosa, onde e como estiver. Uma princesa não é necessariamente bonita por fora (apesar de fazer todo o possível para isso!), mas obrigatoriamente por dentro. Não se deixa abalar por uma crítica, nem desce do salto.
  Uma princesa não precisa de um príncipe para salvar sua vida. Ela mesma é capaz de fazer isso. Se garante em qualquer situação.
  Não precisa de carruagens, vestidos de festa ou de uma fada madrinha. Sequer precisa ser filha de um rei ou de uma rainha. Precisa simplesmente ser esperta, ainda que pura, ser feliz, ainda que tudo conspire contra isso, corajosa, ainda que sozinha, e, pricipalmente, ser boa, mesmo que tenha aprendido o contrário.
  Uma princesa não é caracterizada por uma tiara em torno de sua cabeça, mas pelo que há dentro dela. Deve pensar antes de agir, e sempre levar em conta a razão, por mais que a emoção discorde.
  Cativa quem quer que se aproxime. E se deixa cativar também.
  O mais importante de uma princesa, é que ela não admite que o é. Porque, para ela, isso não importa. Não precisa de um título, apenas de um espacinho no mundo para se fazer enxergar. E não tem medo de que a enxerguem, pois só mostra o que é de verdade.
  O seu reino? Seus amigos. Sua nobreza? Sua originalidade. Sua tiara? Sua bondade.
  Na vida real, princesas literais não são tão comuns. Pouco ouvimos falar delas. Quanto as descritas acima, existem aos montes. Mas muitas não sabem que o são. O que você pode fazer? Encontre-as. E diga. Principalmente se você for um príncipe.

                                                                                        
                                       *MaRi Rezk*






“Ah, sim, vossa alteza real”, ela disse. “Somos princesas acredito. Pelo menos uma de nós é.” Sara sentiu o sangue subir para o rosto. Por pouco, conseguiu se segurar. Quando se é princesa, você não tem ataques histéricos. “É verdade”, ela respondeu. “Às vezes, eu de fato finjo ser princesa. Finjo ser princesa para tentar me comportar como se fosse.”

A Princesinha – Frances Hodgson Burnett


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