Como Ser Princesa
Não tem a ver com castelos, cavalos brancos ou
sangue azul. Com príncipes talvez. Tudo bem, com príncipes com certeza. Mas isso
não é o principal. Não. Ser princesa é mais do que tudo isso. Parece ser um
termo infantil, imaturo ou até fantasioso. Mas não é nada disso.
Uma princesa sabe se portar, independentemente
de sua classe social. É sempre educada e prestativa, mas na medida certa. É
elegante e graciosa, onde e como estiver. Uma princesa não é necessariamente
bonita por fora (apesar de fazer todo o possível para isso!), mas
obrigatoriamente por dentro. Não se deixa abalar por uma crítica, nem desce do
salto.
Uma princesa não precisa de um príncipe para
salvar sua vida. Ela mesma é capaz de fazer isso. Se garante em qualquer
situação.
Não precisa de carruagens, vestidos de festa ou
de uma fada madrinha. Sequer precisa ser filha de um rei ou de uma rainha.
Precisa simplesmente ser esperta, ainda que pura, ser feliz, ainda que tudo
conspire contra isso, corajosa, ainda que sozinha, e, pricipalmente, ser boa,
mesmo que tenha aprendido o contrário.
Uma princesa não é caracterizada por uma tiara
em torno de sua cabeça, mas pelo que há dentro dela. Deve pensar antes de agir,
e sempre levar em conta a razão, por mais que a emoção discorde.
Cativa quem quer que se aproxime. E se deixa
cativar também.
O mais importante de uma princesa, é que ela não
admite que o é. Porque, para ela, isso não importa. Não precisa de um título,
apenas de um espacinho no mundo para se fazer enxergar. E não tem medo de que a
enxerguem, pois só mostra o que é de verdade.
O seu reino? Seus amigos. Sua nobreza? Sua
originalidade. Sua tiara? Sua bondade.
Na vida real, princesas literais não são tão
comuns. Pouco ouvimos falar delas. Quanto as descritas acima, existem aos
montes. Mas muitas não sabem que o são. O que você pode fazer? Encontre-as. E
diga. Principalmente se você for um príncipe.
*MaRi Rezk*
“Ah, sim, vossa alteza real”, ela disse.
“Somos princesas acredito. Pelo menos uma de nós é.” Sara sentiu o sangue subir
para o rosto. Por pouco, conseguiu se segurar. Quando se é princesa, você não
tem ataques histéricos. “É verdade”, ela respondeu. “Às vezes, eu de fato finjo
ser princesa. Finjo ser princesa para tentar me comportar como se
fosse.”
A Princesinha – Frances Hodgson
Burnett
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